As princesas estão sentadas no salão,
calmas, tranquilas, perceptivas
Estamos no Palácio da Rainha
É tudo muito lindo, indescritível
Por duas vezes, fui apresentado à Escola de Princesas
e faço aqui minha eterna reverência à sua beleza
As princesas estão sentadas no salão,
calmas, tranquilas, perceptivas
Estamos no Palácio da Rainha
É tudo muito lindo, indescritível
Por duas vezes, fui apresentado à Escola de Princesas
e faço aqui minha eterna reverência à sua beleza
Minha economia é um produto bruto, nem interno nem externo
Meu amor per capita tropeça na multidão do Eu, solitário “único”
Dentro de mim, há uma população residente, por faixa etária e sexo
Notificações de doenças contagiosas colocaram meus eus em leitos
Unidades básicas cadastrais ocuparam índices administrativos
Discursos de desenvolvimento garantiram a pobreza e a inação
Institutos nacionais exclusiveram postos e impostos
Eu mesmo me agropecuriei, me industrializei, me fiz serviço ou serviçal
Pra falar a verdade…: me desgovernei. Executivo de mim mesmo
me fiz guru da insatisfação, das almas penadas e desempenadas
Colocado em caçamba de serviço de limpeza, fui queimado (na
propriedade), coletado diretamente e enterrado em mil destinos
Tornei-me fundo de participação, receita orçamentária, estatística
Meus estados de ser são superintendências, organizações setoriais e
zonas francas em amplos cadastros e valores considerados aceitáveis
Em síntese, 20!$ ou *90)-=+====%.
Estou explorando o Eu Boicotador. Como chamá-lo?
O Bloqueado, a Vítima, o Coitadinho. Desmilinguido. O Parede.
Est-eu se manifesta by fraqueza. Ele dissolve himself em sono
em covardia, em medo, em ansiedade, em pretensão em raiva &
Quer me proteger sob ombros arqueados o encurvamento §
a fuga ah esconderijos/a vergonha inflamará, doente
Converso com o tal. Por que você é assim? Porque me fizeram
tolo, ainda responde. É este mundo cruel, perseguidor, matador.
Mas não é você que está se matando? Pode ser, mas não consigo
mais mudar. Como não? Tente, tente, tente e tente mais uma vez.
Sem poder ir para as ruas
Ando em minhas alamedas
avenidas, marginais, ruelas, travessas
praças, transversais, nuas
paro e penso nas labaredas
paro e penso às avessas
paro e penso em ti, em mim
em nós, enovelados, dois ou duas
enrolados nas ameias do Todo
Sentiu vergonha de ser poeta
Defeito da mineirice ou medo da mulher ser homem criativo?
Masculino e feminino se encontram no texto
Um não existe sem o outro e a poeta brinca com
seus lados divinos, na cozinha de Divinópolis
Drummondiana, ama o banal e o transcendente
O banal é instrumento para a transcendência
Ser transcendente é amar a todos os leitores
em prados mineiros; Adélia lembra dos pais,
do pão de queijo, da manteiga no pão, de sua ousadia
ao usar a palavra c… no final de um poema
Ser poeta é ter muita coragem mesmo.
Em reverência, saudamos o Único,
Aquele que tem o Comando, o Rei dos reis
A Verdade que atravessa as eras
O Indescritível, o Autoperpetuado
Vivemos as quatro idades
ouvimos milhões de sermões e histórias
nos nove continentes, em fluência por todos os rios
As escrituras falavam em 18 mil mundos
68 lugares de peregrinação
100 mil línguas devotas, cantando
A Sua Graça, o seu Indiscutível Poder
Planetas, sistemas solares e galáxias
Incontáveis virtudes, sabedoria e presença
Três deidades concebidas pela Grande Mãe
O Reinado do Dharma estabeleceu suas regras
Só o olhar do Mestre nos salva e resgata
Em Sua Presença existimos, revivemos
Pecados, medos, inimigos, dores e impurezas
Desaparecerem do nosso coração
Ik oNKaar, Sat Naam