Aorta de folhas vermelhas
Respiração de Deus nas veias, no peito
Eito em horta, sangue. Como vai?

Aorta de folhas vermelhas
Respiração de Deus nas veias, no peito
Eito em horta, sangue. Como vai?
Na dor, colo e ombro
Na alegria, você se embebeda
E na alergia? Não sei. Saúde!
Ela nos abraça feito bandeira virtual
Paralisados, gemidos de dor na garganta
aleijões de palavras e imagens, de letras
Onde vamos parar?
A ignorância é que nos mata.
Meu pai, meu avô. Meu bisavô e o tempo flui rápido e devagar
De todos nós, é a Mãe, Daquele que É
Linda, calma, receptiva, acolhedora, jogando seu manto de Luz sobre as crianças
Caminho sem pressa, recebendo essa atenção.
Moeder Gods van Afrika
Icon of the Mother of God of Africa by Liesbeth Smulders. This icon was created for the exhibition, ‘150 years of White Fathers and White Sisters in Africa’, in 2017 in the Monastery of Sint Agatha. A statue of Our Lady of Africa is worshiped in the Algiers cathedral. The Mother of God wears a red cloak. In the halo of Christ are the letters Ό ω N : “He who is”. (Pinterest, legenda e imagem)
Mapa das ruas, do cérebro, do sangue, do país, do mundo, do universo
Ninguém mais vive fora da geografia
Se a Terra parar, nosso amor enfrenta o diverso e a ortografia?
O desafio de, entrelinhas, encontrar elementos líricos – luz do Sol, planta, animal, céus, você meu amor que representa todas as crianças do planeta.
Com meu neto, procuro estrelas
ele criou até clube de ciência
brincamos de investigadores e
recriamos nosso amor sob o luar do cinema
Quando o silêncio chega, entre as camisas do armário
tecem as cores e as formas exibem plásticas
palavras se dissolvem, terno território sem ginásticas
ações se substancializam, neutralizam-se estáticas
no comando, o coração com suas métricas
Neutro de corpo e espírito,
sinais e mensagens se captam
desenhos, massas e lençóis se estendem
fazem gestos, de ganchos e sóis, no estuário
desaguam eus e outros dentro de mim
curam doenças ancestrais
conspiram pela paz como rito
O fogo começou com galhos de pinheiro
fiz um círculo às chamas, com respeito,
feito índio, cajado na mão, lancei
lixos todos, do alto da escada nessa garganta ígnea de cada passo ou cadafalso
assinei a arte de queimar metais para dentro