Era uma longa pedra escura
viscosa, que não queria descer
O rio a esperava e chegou ao mar
Era sua longa e rocha procura
Meu filho, seu lugar é neste jardim
O jardim se iluminou
Dormi a seus pés, acolhido, calmo, preenchido
em silêncio
Era uma longa pedra escura
viscosa, que não queria descer
O rio a esperava e chegou ao mar
Era sua longa e rocha procura
Meu filho, seu lugar é neste jardim
O jardim se iluminou
Dormi a seus pés, acolhido, calmo, preenchido
em silêncio
É sal
idade, oh saldade
Não sabia como dói
Parto, pedras no rim
De doce, só o amor
Mor, morte, maldoror
Por que a gente gosta tanto de alguém?
Ou Paris fica neste planeta?
Mãe, Iemanjá, agora, já
um beijo, abraço, cheiro de mato,
do neto que chegou para nos chamar
Duas luas foram intensas para mim. Ou para todo auditório
Uns ficaram muito loucos, jus
tá mente, outros tiveram desarranjos intestinais, digestórios
Só me estabilizei quando conectado ao festival das cores hindus.
Lendo o Japji, em sânscrito, às vezes tropeçando nas sílabas sem massa
quem é este eu que observa o dia nascer, a lua que se vai, a luta que recomeça?
Esta dor polui rios internos
Cavernas secam e gotejam fel
Não havia compromisso ou omissa a mágoa quer calar o amargor?
Riachos dos mais inferiores seres se aproximavam como tsunami
O ataque se deu e mordeu duas vítimas ou três?
O que era para ser presente se fez passado, ruínas, abandono
Resta um gesto para mudar? Ou morta está a construção?
Se houve uma vez, haverá outras? Alertas, fiquemos.